Pronto, acabaram-se os pasteis de Belém na minha vida

Com muita pena minha, entenda-se!
Uma das coisas que nos últimos meses percebi é que o meu corpo deixou de se dar bem com açúcar refinado. Ok, sem drama, aprende-se a fazer coisas com outros adoçantes. E a brincadeira de experimentar comida vegetariana trouxe ingredientes novos, texturas novas, coisas com que, pelos vistos, eu até me sinto bem. Sem dramas nem fundamentalismos. Não afirmo que me sinto bem por ter feito umas alterações na alimentação, até porque não estou a usar os alimentos como medicamento. Ou não estava. Porque se calhar tenho de repensar a coisa. A verdade é que vim de férias. E apeteciam-me francesinhas, bifanas da Conga, lagartos de porco preto. Pasteis de Belém, pão-de-ló daqueles que se desfaz na boca, sobremesas da Enoteca. E comi isso tudo. Mas a verdade é que não me senti particularmente bem com essas coisas. Hoje estou a pagar amargamente o açúcar que comi ontem. E eu até sabia que ia pagar. Mas há sempre aquela coisa do estou de férias, um dia não são dias. Pois, verdade, mas pago na mesma.
E se é verdade que não posso dizer (como diz muita gente) que há determinados alimentos que me fazem sentir melhor ou com mais energia, a verdade é que posso dizer que há alimentos com os quais não me sinto nada bem. Por isso, vamos lá. Há toda uma re-engenharia da alimentação que vou começar a fazer, devagar. Porque afinal, não tem piada nenhuma vir de férias e não me sentir em topo de forma só porque tenho saudades de um corte particular de porco ou de uma mistura muito portuguesa de ovos com açúcar e gordura. Continuo a acreditar que, enquanto espécie, somos omnívoros mas simplesmente vou ter de descobrir como é que isso funciona para mim e aplicar quer esteja á ou cá.

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