Ainda os livros

Já vos disse que este é o ano dos livros bons? Pois, provavelmente sim... Lamento. Mas é mesmo o ano dos livros bons! Descobri que a prateleira dos livros para ler estava cheia de coisas que fui comprando e algumas até tentei ler mas abandonei. Acho que os livros são como tudo... se começamos a ler mono-neurónicos, os mais exigentes parecem extraordinariamente difíceis depois. E habituamo-nos aquela coisa fácil, de visualização rápida, que não pede muito da imaginação nem da capacidade de concentração.
Nem sei bem porque começou a ser diferente. Acho que por ter percebido que precisava escrever inglês muito melhor. E os livros que me recomendaram eram bons e bem escritos. Escritos como eu gostava de saber escrever. Frases simples, claras e limpas. Depois disso, nem sei. O desafio de conseguir ler um difícil e ter com quem falar das frustrações que me provocava, o renascer do gosto da literatura boa, muito boa, o renascer do gosto pelas frases que descrevem almas. Ah, e convém não esquecer..... Apesar de nada bater uma livraria, daquelas que o são há muito tempo, cheia de livros bons que nos tentam a cada passo, com o cheiro a papel e a madeira, apesar de tudo isso, lamento mas existe uma coisa chamada Amazon. Que tem livros em segunda mão. E entregas gratuitas. E os livros em segunda mão nem parecem em segunda mão. E no final, 3 livros chegam a casa pelo preço que pagaria por um na livraria. É mau, eu sei. Mas eu gosto de livros. Ando esfomeada de livros. Espero que seja só uma fase (isto da Amazon, claro).

Tudo isto para vos dizer que hoje me apercebi está escrito em inglês de, alguma forma, da mesma forma que eu escrevo em português. Com estas frases sem verbos. Com cortes e às vezes com frases longas que nos fazem perder o fio à meada e começar do início porque o princípio da conversa já vai lá atrás. Tudo isto para vos dizer que estou a descobrir um sr. chamado Philip Roth e estou a adorar.

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